A ocupação da orla da lagoa de Piratininga iniciou-se há mais de 20 anos, com a duplicação da Estrada Francisco da Cruz Nunes, parte da lagoa e de sua orla foram aterradas. Com pressa para limitar a ocupação, em 1993, a prefeitura traça a ciclovia, criando um limite físico para segurar o crescimento irregular à margem da lagoa, mas há ambiguidades na legislações estaduais e municipais sobre os locais permitidos de serem edificados. O assentamento se encontra em uma área de alta valorização no mercado imobiliário da cidade e por isso os moradores carentes enfrentam adversários duros como às empresas imobiliárias, construtoras e grande parte da população de classe média que reside no bairro. Além disso, a área de estudo está situada em uma região de complexa disputa sobre a titularidade da terra, envolvendo entidades federais como a União, estaduais pois está em uma área de preservação delimitada pela SERLA (secretaria estadual de rios e lagoas), e particulares como a família da Cruz Nunes e as diversas famílias que tomaram posse. A Prefeitura de Niterói lançará até o final do ano de 2018 a licitação para o projeto executivo do Parque Orla Piratininga. O Parque Orla está sendo desenhado pela ótica do paisagismo ecológico, preservando a Lagoa e seus ecossistemas associados, e sem aterro de seu espelho d’água. Mas nas reuniões de apresentação do projeto da lagoa para os moradores, a prefeitura não sabia responder o que aconteceria as moradias lá já existentes. Isto é, não possuem planos para a área de Habitação.
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