A comunidade do Horto pode traçar a sua história a partir do século 15 com as plantações de cana de açúcar que ocupavam a terra antes de ser desapropriada pelo rei D. João VI, em 1808, primeiro para a construção de uma fábrica de pólvora no século 19, e depois para estabelecer os jardins. O núcleo de moradores teve origem na vila que abrigava funcionários da fábrica instalada no local no começo do século 19, e posteriormente, de trabalhadores do próprio Jardim Botânico, que foram autorizados pelo parque para residir na área, que é de propriedade da União. Na comunidade, os trabalhadores cultivaram mudas e espécies de plantas para os jardins e floresta do adjacente Parque Nacional Tijuca.
Atualmente 581 famílias residem na área do Horto Florestal, onde a ocupação humana remonta há pelo menos 200 anos. A maioria dos moradores é constituída por ex funcionários do Jardim Botânico e seus familiares, alguns inclusive ainda ativos. Desde os anos 80, ações de reintegração de posse buscam expulsar os moradores do Horto e, 2 famílias já foram removidas. Em 2018 novas ações foram propostas pela Advocacia Geral da União (AGU), sem que qualquer alternativa de moradia fosse apresentada aos seus moradores.
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